sábado à noite, tentar apanhar um táxi

Está frio mas não chove, nem neva, o que se considera "bom tempo" por aqui, esta época. Por isso, muita gente sai à noite, e com pouca roupa (quase nenhuma, às vezes). E como está frio na mesma, toda a gente apanha táxis, que isto de esperar pelo metro no sábado às 3 da manhã é dose.
Eu e o meu colega pensámos o mesmo: depois de meia hora a gelar numa estação de metro com os outros novaiorquinos, decidimos: let's just take a cab. Falar é fácil. Mais meia hora a andar a pé, todos os táxis estão cheios. Finalmente, já à porta de outra estação de metro e quase resignados a esperar outra vez (o metro é lento de noite, mas inexorável), começamos a ver táxis desimpedidos.
- para onde querem ir?
- upper west side...
- não vou para aí.
Nem bom dia nem boa tarde; sobe os vidros e vai embora. Isto aí umas cinco vezes. Jesus, nem queremos ir a Brooklyn, nem ao Bronx, mas só umas ruas a norte, em Manhattan! Finalmente alguem nos apanha. Dizemos a morada e ele: no problem. Nós:
-Obrigado, meu! ninguem nos queria levar!
-Eu sei. A maior parte (dos outros taxistas) só quer viagens curtas, porque cobram um preço fixo por viagem mais a corrida. Mas eu acredito no destino. Eu acredito em Deus. Por isso não vou fazer isso, porque um dia posso ser eu a precisar.
-Thanks, we really appreciate that!

E pronto, temos que dar graças a Deus e à boa vontade do homem. Em Nova Iorque os táxis funcionam em monopólio. O número de táxis é limitado desde 1937 (!) a pouco mais de 12 000 - sim, DOZE MIL, para uma cidade de OITO MILHÕES de pessoas. Para conseguir uma licença é preciso comprar um "medalhão" que custa 500 000 - sim, QUINHENTOS MIL dólares. Quem compra o medalhão depois aluga-o a imigrantes pelo preço que bem entende... por isso não me espanta nada que estes desgraçados queiram fazer tudo por uns tostões a mais, nem que não se consiga encontrar um táxi livre às horas de ponta. Está tudo aqui, incluindo a razão pela qual os imigrantes vêem o potencial da América quando os que cá estão se instalam.

País liberal... pfffff

a ver vídeos

O da professora do Carolina, que fica mesmo em frente a minha casa e pelo qual passei milhentas vezes ao longo dos últimos meses. De certeza que me devo ter cruzado com as morconas em causa - e estou muito contente por não o ter que fazer outra vez tão cedo. Também o do Geert Wilders, que mesmo sendo meio psico vai dizendo uma ou outra coisa acertada (mas não se sabe se sabe o que está a dizer ou se é só senso comum). Enfim, que seca de continente, a Europa. Ainda por cima caro.

Já nos vimos

E já estou a trabalhar há uma semana, e à procura de apartamento. Já nem me chateia o facto de ver armários a alugar por fortunas; tinha ouvido todas essas histórias vezes sem conta quando os outros andavam à procura também. Mas a lata dos "alugadores" - "isto é o melhor que consegues arranjar", ou "faço-te uma oferta mesmo boa" por uma porcaria de 3x3 com vista para um saguão ao lado de um bairro social com cheiro a erva, para isso não estava preparado... anyway, faz tudo parte do colorido da cidade.
E agora no escritório, ainda por cima, puseram-me num sítio altamente visível - por isso blogar não é fácil...

Vemo-nos no Domingo

16 Março, Nova Iorque cá vou eu de novo. Ainda tenho que passar camisas, arrumar meias e cuecas, computador, gravar música, combinar para a casa, dizer adeus a toda a gente e apagar uns fogos no escritório. A foto foi há um ano atrás, tirada do escritório do Stern.

updates

Fotos do Sanatório da Guarda.

Como de costume, parece que o estão a deixar cair. Então antes que isso aconteça, fica o registo.

updates

as Produções Periquito apresentam:



os Dixie Boys no Hot Five, Porto.

O Céu da Boca

Vai ser apresentado amanhã, às 3 da tarde, na Escola C+S de S. Miguel, na Guarda. Eu ilustrei e o Américo escreveu. Se tiverem filhos pequenos, ou grandes, ou mesmo nenhuns, comprem!

É um projecto nosso que só agora sai, mas que está pronto há 6 anos. Nessa altura ainda era cabeludo e barbudo e andava enterrado na Faculdade de Arquitectura, e isto foi um grande escape. Acho que fiz estas ilustrações mais para mim do que para as criancinhas, mas visto que às vezes ainda sou meio puto acho que nem correu mal.
E obrigado à Arca das Letras, por finalmente pegar nisto.... um abraço!

de todas as organizações,

a DECO telefona-me para casa todas as manhãs a saber se eu quero assinar a revista deles, que têm promoções, etc.. Já não bastavam as testemunhas de Jeová... é o mesmo que ser assaltado pela polícia.

tabique

Encontrámos este prédio, na rua Estreita dos Lóios, com o tabique totalmente limpo do reboco.